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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Um artesão da Guitarra!

Essa matéria eu tirei da Revista Guitar Player.
Essa cara toca muuuito!!!


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Embora tenha passado anos de sua carreira envolvido com o rock do Scorpions, hoje ele mistura com maestria duas de suas paixões: guitarra elétrica e música erudita. Seu instrumento principal é uma Sky custom de sete cordas, e os recursos que usa são ligados, arpejos, alavancadas, melodias inusitadas e palhetada matadora. Inclua, também, uma forte influência de Jimi Hendrix. Guitar Player conversou com Uli Jon Roth, que, com muita simpatia, contou o que torna sua história tão especial.

Qual a técnica que melhor representa seu estilo?

Acho difícil apontar uma técnica, pois uso muitas. Nunca penso em termos de técnica, mas de música e notas. Usava bastante alavanca no Scorpions e no Electric Sun (primeiro projeto pós-Scorpions), mas, nos últimos anos, diminuí bastante. As técnicas que emprego mudam o tempo todo.

Suas alavancadas ficaram bem famosas.

Não havia truque algum. A única curiosidade é que minhas alavancas costumavam quebrar. Francis Bucholz, antigo baixista do Scorpions, fez uma bem resistente para mim, e nunca mais quebrei-as. Esse era o único diferencial. De resto, não havia mistério. Era apenas uma ferramenta para me expressar e fazer algo que não conseguiria de outra maneira.

Quando começou a inserir o neoclássico em seu estilo?

Com minha banda Dawn Road, que tive antes de entrar no Scorpions. Sempre gostei de música clássica e queria usá-la para me expressar. Mesmo não tendo muito espaço para isso no Scorpions, consegui explorar essa mistura. Hoje, estou tão à vontade que, às vezes, não defino o que toco como rock ou música erudita. Esse é meu objetivo: me sentir livre na música e não separá-la por estilos. Quero falar uma linguagem que transcenda todas as outras, algo como o esperanto na música.

Foi por essa falta de espaço que você deixou o Scorpions?

Foi um ponto importante em minha decisão. Não queria estar confinado a um estilo ou banda. Estava progredindo e descobrindo maneiras de diversificar meu jeito de tocar. Senti que já havia conseguido uma boa base...

Lições 10 passos para tocar como Uli Jon Roth

Uli Jon Roth é uma figura importante para a guitarra rock. Além de ex-guitarrista do Scorpions, Roth é um devoto de Hendrix e um dos fundadores do estilo neoclássico. Em seus projetos solo, ele evoluiu para se tornar um talentoso e influente guitarrista e arranjador.

Quando os alemães do Scorpions se separaram depois que Michael Schenker saiu da banda para se juntar ao UFO, em abril de 1973, foi Uli Jon Roth (então conhecido como Ulrich Roth) quem deu condições para a reformulação da banda, um ano mais tarde. Roth se uniu ao guitarrista rítmico Rudolph Schenker (irmão mais velho de Michael) e lançou quatro importantes álbuns de estúdio: Fly to the Rainbow (1974), In Trance (1975), Virgin Killer (1976) e Taken by Force (1977). Eles prosseguiram em 1978 com Tokyo Tapes, o excelente álbum duplo ao vivo que impulsionou o Scorpions para alturas ainda maiores.

Depois de deixar o grupo em 1978, Roth formou o Electric Sun e lançou três discos antes de embarcar em uma carreira solo que resultou em vários álbuns ao longo de uma década, com destaque para Transcendental Sky Guitar Vol. I & II. Roth reuniu a Sky Orchestra para canalizar seu amor pela música clássica e pelo estilo blueseiro de Hendrix. O auge foi o álbum Metamorphosis (2003), que contém o impressionante virtuosismo de Uli e um arranjo de As Quatro Estações, de Antonio Vivaldi.

Mas, apesar de sua queda pela música “antiga”, Roth não permanece no passado. Seu site oficial, www.ulijonroth.com (uma fonte fantástica para todos os trabalhos de Uli), divide sua maravilhosa discografia em três períodos distintos (os álbuns do Scorpions, Electric Sun e UJR) e afirma com todas as letras que, mesmo sabendo que muitos fãs adoram seus primeiros dois períodos, eles não representam a atual mente musical de Roth. Esta lição traz exemplos do primeiro e terceiro períodos do guitarrista. Siga os passos para compreender o estilo de Uli Jon Roth.

1 - Estide os mestres

Como todos os seus álbuns comprovam, Roth praticou muito para alcançar uma técnica impressionante e um controle fenomenal de seu instrumento. Roth cresceu ouvindo Jimi Hendrix, mas aprendeu como gerar timbres escutando os mestres do violão clássico Andres Segovia e Julian Bream. Aos 17 anos, Roth teve uma visão que o levou a comprar um violino: “Sonhei que estava escrevendo um concerto para violino e, desde então, procuro descobrir uma maneira de trazer a música clássica para o presente”. A viagem levou Roth a estudar as obras dos mestres eruditos – Mozart, Bach, Chopin, Beethoven e Vivaldi – e a misturar esses sons com as excursões cósmicas blueseiras de Hendrix, criando um novo estilo musical híbrido. Roth reuniu esse conhecimento em suas composições originais e se transformou na primeira inspiração do jovem Yngwie Malmsteen.

2 - Seja verdadeiro

Roth é motivado pela arte. Para seguir sua própria visão musical, ele deixou o Scorpions quando a banda era um sucesso, mesmo sabendo da grande possibilidade de retorno financeiro. Roth não recebeu quase nenhum crédito pela sua influência na performance neoclássica, mas ele não mostra traços de amargura, como revela sua afirmação à Guitar Player norte-americana, em 2001: “Nos anos 80, a forma de tocar influenciada pelo clássico tornou-se rock corporativo, e esse não era meu mundo. Se eu quisesse ser reconhecido nesse gênero, teria ficado no Scorpions”. Roth continua fazendo rock com seus chapéus emplumados, botas de camurça e faixas na cabeça, desafiando as tendências populares.

3 - Tire o máximo do você tem

Uma Fender Stratocaster plugada em um antigo Marshall Super Lead Tremolo de 100 watts foram as ferramentas de Roth durante seu período com o Scorpions: “Naquela época, eu não tinha nenhum pedal ou efeito. Não havia recursos digitais que produziam um som matador instantaneamente. Fui forçado a pegar uma Strato, um Marshall e, às vezes, um pedal de wah para descobrir uma maneira de moldar meu timbre”. Roth adicionou outros amplificadores em seu equipamento, misturando um Vox AC30, um Fender Twin, caixas de alto-falantes Fender, um protótipo de amplificador custom “Sky” e seu atual favorito: um Framus Dragon com caixa Marshall 4x12. Ele emprega um sistema de chaveamento projetado por Pete Cornish e microfonação próxima e distante (“Sempre gravo com um mínimo de seis e um máximo de oito microfones”). Roth costuma plugar diretamente em seus amplificadores, embora às vezes insira um Roland Space Echo no sinal “para um delay suave”. Ele prefere cordas Thomastik-Infield, mas está “constantemente experimentando espessuras”. Roth ainda adora suas antigas Strato, mas afirma: “Não as toco mais como instrumentos para solos”. Por quê? Continue a ler...

Veja a matéria completa na Guitar Player nº 141

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